Pedra do Desengano, Santa Maria Madalena

No terceiro dia de atividade em Madalena, subimos a Pedra do Desengano. A partir do pórtico de entrada, na estradinha em Terras Frias, foram aproximadamente 5km, com subidas íngremes e trechos escorregadios até a porteira mais próxima da entrada da trilha.
Desta vez, consegui passar com meu carro, que não é 4×4, do ponto que travamos na atividade exploratória de novembro de 2018, que fica algumas curvas acima da entrada para a Cachoeira da Cascata. Era uma rampa longa, com trilho de cimento, desta vez seco, mas com curvas acentuadas e inclinação invertida em relação à direção da curva.

Alegria no carro, compartilhada com o Ivison, que dividiu comigo a angústia e a luta para tirar o carro em 2018.  Só que a alegria durou pouco: no trecho seguinte a pickup do Leandro, que ia na frente, patinou e tiveram que tentar 3 vezes até passar em outra rampa, mais inclinada e molhada. Deixamos o meu carro e seguimos na pickup do Leandro.  Foram mais 2km, provavelmente, até a porteira que dá acesso à entrada da trilha e à Estalagem Morumbeca.
Definitivamente, só de 4×4 e de preferência em tempo seco.

Caminhada de nível moderada superior, não muito longa, em torno de 4 km somente para ida e com ganho de elevação em torno de 700m. Fizemos em 3h, em ritmo de moderado a lento e pegando os trechos de costão molhados. O tempo indicado no guia do Parque Estadual do Desengano é de 4h, para grupos de modo geral. O tempo estava fechado no cume com nuvens baixas, sem visibilidade.

 

 

Na volta, paramos para ver a linha da via de escalada Amigos da Onça, no Morro da Represa, que seria uma opção para o dia seguinte. Entretanto, amanheceu com uma leve chuva. Isto somado ao cansaço acumulado e a perspectiva de uma longa e engarrafada viagem de volta nos fez deixar esta via para a próxima incursão à Madalena.

 

 

Nesta parada, na ponte da parte de cima da represa de Tudelândia, passaram por nós os carros com o Blanco, Tatiana, Sandro, Suzana, Sara e as crianças que foram escalar no Fazenda da Barra do Peixe. Diversão também para as crianças, atravessando riacho pelas pedras, subindo um pequeno pasto e brincando na parede.

É a menina ou é a montanha que sorri?

@ Santa Maria Madalena, Rio de Janeiro
@clubeniteroiensedemontanhismo

Morro da Barra da Peixe, Santa Maria Madalena

Fazenda Barra do Peixe, Santa Maria Madalena, Via Na Natureza Selvagem,
D1 3 IIIsup E3 190mts, conquista de Felipe Dallorto e Flavia dos Anjos –
Com Mauro Mello, Ivison Rubim, Sandro Costa e Suzana Hecksher @ Santa Maria Madalena, Rio de Janeiro

No segundo dia em Madalena, fizemos uma atividade mais leve, escalando na Pedra da Barra do Peixe. Via com um lindo diedro, muito bom de fazer, encaixando o pé na maior parte dele. Alguns lances expostos e muitas lacas soltas.
O vento virou e trouxe um spray de chuva, com ameaça de mudança no clima, e decidimos descer quando tínhamos subido em torno de 130mts e a pedra já ficava mais positiva.

Há outras duas vias nesta mesma parede: Big Hard Sun, D1 3 IIIsup E3 190mts, que fizemos uma parte na atividade exploratória em novembro de 2018, e Noite sem Fim,  D1 2 V E2 180mts.

 

 

Pedra Dubois, em Santa Maria Madalena: Escalada e Trilha

Pedra Dubois

Escalada na Via Reino Mágico D4 4 V E3 1035mts (Felipe Dallorto, Flavia dos Anjos e Claudney Neves) e Trilha

http://www.carioca.org.br/croqui/croqui-cec.psp?0598

Partimos de NIterói às 4h, passamos na pousada Colônia de Férias da Asperj às 8h para deixar as coisas e, Blanco, Leandro do Carmo, Mauro Mello e eu, partimos para a base da Via Reino Mágico.

A Via Reino Mágico foi conquistada por Felipe Dallorto, Flavia dos Anjos e Claudney Neves.  Este foi meu retorno depois de quase 7 anos. Lembranças boas que renderam uma atividade preparatória em novembro de 2018 para a atividade deste dia.

 

 

 

 

Entramos na “trilha” para a base da via às 9h. Caminho fechado, mato alto. Definitivamente, foi o crux da via! Às 9h50 começamos a escalar. Ivison, Sandro, Simone e Suzana foram um pouco mais tarde e começaram a trilha às 10h50.

Base da via

Base da via 

 

Fizemos os primeiros esticões da via, 540mts de costões, em 1h10 e finalizamos a via Reino Mágico às 15h, totalizando 5h para as duas cordadas, com o primeiro chegando em 4h10. Melhor do que prevíamos. O grupo que seguiu pela trilha, com calma, levou 2h40 para chegar ao cume e nos aguardaram para a descida. O Ivison e o Sandro foram nos encontrar no final da via, caminho que o Ivison conheceu na atividade exploratória/preparatória que fizemos em novembro de 2018. Começamos a descer às 15h30 e chegamos na entrada da Fazenda Diboá às 17h10. Excelente dia.
#clubeniteroiensedemontanhismo

Escalada no Vale das Sebastianas, Frades, Teresópolis

Fizemos duas vias do Josemar Sechin (Mazinho), Marcio Torres (Preá) e João Silva Rocha:
Castelo de Cartas D1 3 IV E4 390mts
e Safenado D2 4 V A0/VIIIa E4 330mts.

Atividade interclubes CNM e CET, com a participação de dois dos conquistadores das vias, Mazinho e João Rocha.
Saímos de Niterói às 5h30, fazendo uma parada para um café e encontrarmos os amigos do CET José Henrique Gomes Soares, José Carlos Motta Ramos e João Silva Rocha, em Albuquerque, Teresópolis. Mazinho, Leonardo de Magalhães (Leo) e Gabriel, do CEL, amigo do Leo, nos esperaram já na entrada da Fazenda.

Foram 4 cordadas na Castelo de Cartas (Leo e Gabriel, José Henrique e Vander Silva, José Carlos e João, e Ary Carlos e Taffarel ) e 2 cordadas na Safenado (Mazinho e Guilherme Gregory Guilherme, e Marcelo Correa e Leandro Do Carmo). O Leo e o Gabriel, após rapelaram da Castelo de Cartas, ainda fizeram até a P3 da Safenado.

As duas vias com lances de aderência com proteções distantes. A Castelo de Cartas com sequências mais tranquilas e a Safenado com lances delicados de aderência na chegada da P2 e da P3, este último mais protegido. Trechos de aderência sujos e expostos antes e pouco depois da P4. Bem protegida ou com boas opções de proteção em móvel em um lance de domínio após um pequeno diedro “cego” e no teto antes da P6. Linda via e visual fantástico.
Agradecemos aos amigos do CET, ao Mazinho, João e Leo, pelo dia sensacional.

https://www.escaladas.com.br/via/id/434/Safenado

https://www.escaladas.com.br/via/…/432/Castelo%20de%20Cartas

#clubeniteroiensedemontanhismo
#cet.teresopolis
#escalada @ Teresópolis, Brazil

Travessia da Neblina + Mirante do Inferno + São Pedro

Travessia da Neblina + Mirante do Inferno + São Pedro

18km ida e volta a partir da barragem + 2km dos trechos ida e volta ao estacionamento, 1267 de ganho de elevação, 13kg nas costas, 2 trechos de escalada e 1 de costão. Paisagens sensacionais, amigos e muita ralação. Excelente dia!

Iniciamos na barragem às 7h27,
pegamos a trilha para o Nariz do Frade/Verruga do Frade na altura do antigo abrigo 2, subindo pelo Paredão Roy-Roy. Atingimos base do Nariz do Frade/Verruga e subimos o costão para o Queixo do Frade, e rumamos para o Morro da Cruz. Visuais alucinantes, pedras, nuvens, florestas, subida forte e encantamento.

Cruzamos o Vale da Orquídeas até a base do Mirante do Inferno. Vista sensacional da Agulha do Diabo, a mais bela. Tomamos uma pequena trilha para direita em direção ao contraforte do Morro de São Pedro e fizemos um trecho de aproximadamente 80 metros de escalada, que dividimos em 3 esticões, por estarmos em duas cordadas triplas. Vendo de cima o mirante do Inferno e a Agulha de lado, seguimos para o cume do Morro de São Pedro por uma trilha muito fechada, quase um vara mato.

Chegamos no São Pedro nos últimos minutos de claridade, vendo a Agulha de cima. Seguimos para o Abrigo 4, passando pela Pedra Baleia. Descemos até a Cota 2000 e passando ao lado do Morro da Cruz, pelo Paredão Paraguaio, com raios iluminando o céu. Tomamos um pouco de chuva a partir do zig-zag após a Cachoeira do Papel e chegamos de volta à barragem entre 22h05 e 22h20. Praticamente 15h de atividade, com muita paradas para contemplação e descanso. Grande dia!
#clubecnm

Cordada CNM CET no Morro dos Cabritos

Cordada CNM CET no Morro dos Cabritos

Via Mario Arnaud, D3 5 VI A1 E1, Morro dos Cabritos, Vale dos Frades, Teresópolis

Voltei 8 anos depois. Deixamos o carro às 6h20, chegamos na base às 7h. Começamos a escalar às 7h30. Fomos à francesa até a P6, alternando escalada da P1 até a P3, 3 e 4 de aderência, caminhada até a P4, escalada, caminhada e escalada da P4 até a P8.

Do meio da P6 até a P8 escalada de aderência e micro agarras escondidas por líquens, com lances de IV, com Leandrinho do CET, tio do Vinicius CNM, no meio e Blanco seguindo à francesa, usando só metade da segunda corda. Chegamos na P8 às 9h30. Blanco guiou a horizontal, com final difícil, seguida do diedro, de 3o sup, com o inicio para dedos pequenos, quase cego . Foi até o grampo abaixo da P9. Com grampo no início, o Blanco só colocou um camalot 0.5 em 10m de diedro. Disse que do meio para cima era mais fácil, onde realmente foi IIIsup. Eu tb já achava o início mais forte. Leandrinho e eu, subimos com segurança de cima.

Da P9 até a P12, voltei a guiar fazendo em cada esticão o sistema de guiar chegar na parada e os dois virem juntos, com Blanco subindo à francesa. Vento forte desde a P6. Difícil de manter a postura típica de aderência nas rajadas de vento. Parava e colava o corpo, e 4o grau de aderência/micro agarras comendo solto. Isto nos atrasou. Era quase assim: alguém gritava – Marcelo, o vento diminuiu, vai rápido! Caminhada em terreno sensível da P12 para P13.

Chegamos na base do A1 às 12h10. Guiei a parte vertical do A1, passando pela aquela saída delicada, Blanco a segunda parte. E para minha imensa alegria consegui guiar, gemendo, a 14a enfiada: uma sequência com os 3 lances mais duros da via: uma aderência de IVsup, V em agarrinhas e um diedro com lance de VI. Só não consegui subir no diedro em livre ????, tive que puxar na costura, pé molhado. Em cima do diedro o último lance em micro agarras, deve ter dado um VI tb.

Chegamos na 15a parada às 15h05. Foram 7h35min de escalada, sofrimento com o vento e felicidade pura no final. Caminhada até o cume. Descemos às 15h50. Após sequência de rapeis entremeados por caminhadas, chegamos de volta à base às 19h10 – total de 11h40min de jornada na via. @ Vale Dos Frades