Curso Básico de Escalada

O Curso Básico de Escalada (CBE) consiste na capacitação do aluno em ser um participante de escalada, ensinando as técnicas básicas necessárias para que o praticante possa escalar com segurança, conhecimento e ética.

Calendário:
8 aulas, das quais 8 são práticas e ocorrem aos finais de semana, enquanto que 10 são teóricas e acontecem durante a semana na sede do clube, no horário da noite (19:00 às 21:30).

Investimento: O curso tem as seguintes opções

1 – R$ 1.100,00 – Não associado, com o empréstimo de material; Clique aqui
2 – R$ 990,00 – Não associado, sem o empréstimo do material; Clique aqui
3 – R$ 900,00 – Associado, com empréstimo de material. Clique aqui
4 – R$ 800,00 – Associado, sem empréstimo de material. Clique aqui

Início: 28/02/2023
Término previsto em 30/04/2023

Maiores informações na página do Curso: 

Conquista do Pr. Inoã

RELATO DA CONQUISTA DA VIA PAREDÃO INOÂ – MARICÁ

 

Conquistar uma via no Monumento Natural Pedra de Inoã tem as suas dificuldades e recompensas. Por ter suas paredes irregulares, com muitas fendas, diedros, platôs, trechos negativos e muita vegetação, é difícil escolher uma linha. E foi durante a conquista da via Bernardo Collares Arantes, em meados de 2020, que surgiu o desafio de tentar conquistar uma via que atravessasse a maior extensão da parede voltada para Inoã, aquela que damos “de cara” quando chegamos em Maricá descendo a serrinha pela RJ vindo de Niterói.

Foto 1: Face noroeste do Monumento Natural Pedra de Inoã

 

Primeira dificuldade encontrada: não há trilha para a base! Foram três investidas de abertura de trilha, em junho de 2020, para se chegar na base, bem bonita por sinal. Só nesta etapa já temos muita história pra contar: espinhos, mosquitos, cobras, queda de bloco com pé preso… Se eu pudesse dar nome a esta trilha, a chamaria de “Trilha do Cipó”.

Ainda em junho, fomos eu, Michel Cipolatti, com Juratan Câmara e Zoé Caveari na primeira investida de parede. Conquistamos cerca de 90 metros de via, que variam entre 3° e 4° graus. Foram instaladas sete chapeletas Pingo e utilizadas três proteções móveis, já no 2° esticão.

Foto 2: Juratan Câmara na trilha

 

No mês seguinte, conquistamos mais 60 metros de via, com a instalação de quatro chapeletas e um móvel, passando por uma barriga que sugerimos ser um 5° grau.

Na terceira investida, já em outubro de 2020, conquistamos mais cerca de 60 metros de via passando por um diedro com boas colocações de proteções móveis. Foram instaladas três chapeletas na ascensão e mais uma durante o rapel para reduzir a exposição de um lance que ficou “meio perrengue”.

Foto 3: Zoé Caveari escalando, vista da terceira parada dupla

 

Neste trecho, a via se aproxima de uma “florestinha”, que fica no alto da parede, e ao redor, é repleta de bromélias. Na investida de novembro, com mais 60 metros de via e alguns lances em aderência, chegamos na misteriosa florestinha. Ela fica a cerca de 270 metros da base e tem árvores de grande porte. Impressionante!!!

Para acessar a primeira árvore, que serve de ancoragem e ponto de rapel até a parada dupla (foto 4), foi necessário aprimorar a técnica de “transposição de bromélias”, tentando não machucar a planta e não molhar os pés. Tentamos ao máximo contornar a vegetação, mas chegou uma hora que não conseguimos mais.

O ano de 2020 se foi e o projeto ficou adormecido por mais de um ano. Durante uma conversa com Leandro do Carmo e Luiz Avellar, numa reunião social no CNM, decidimos dar andamento à conquista. Quando contei a história do que já estava conquistado, eles caíram na armadilha. kkkk

Combinamos de ir no dia 16 de janeiro de 2022. Isso mesmo, no verão! Escalamos o trecho conquistado e chegamos na florestinha exaustos. O objetivo era explorar em busca de uma nova base para dar sequência à via, que ganhou uma trilha no meio da parede. Não é só bater grampo que dá trabalho não. Abrir trilha também tem suas dificuldades: escolher o caminho, levando em conta a direção desejada e os obstáculos pela frente, como espinhos e cipós. Sem contar os marimbondos que nos atacaram.

Foto 4: Michel Cipolatti, Leandro do Carmo e Luis Avellar na “florestinha”

 

Foi o maior perrengue. Para cima tem um grande buraco, com um teto que se vê da estrada, parecendo um olho. Tentei pela direita, mas achamos uma base de uma linha aparentemente muito difícil de conquistar em livre. Luis decidiu tentar pela esquerda e encontrou outra base, numa linha menos vertical. Batemos duas chapeletas até chegar em uma barriga e as forças acabaram. Rapel.

Tentamos combinar a próxima investida, mas perdemos algumas datas por causa das chuvas ou por outros compromissos, então tentei uma investida em solitário. Chegando mais uma vez na florestinha exausto, e dessa vez com câimbras, bati apenas uma chapeleta e a barriga estava muito difícil, o que causou a impressão de não ser uma boa linha, além de haver muita vegetação logo acima. Cheguei também à conclusão de que não dava para ir sozinho.

Combinamos eu e o Luis uma investida no dia 11 de dezembro de 2022. Entramos na trilha às 5:30, subimos na intenção de terminar a via e descer por trilha.

Foto 5: Luis Avellar escalando

 

Escalamos rápido e às 9:15 já estávamos na florestinha, possível P6. Mais uma vez, ficamos incomodados com a base encontrada naquela investida, e resolvemos explorar mais para a esquerda. Fomos por caminhos diferentes e chegamos juntos a uma outra base, desta vez na direção do “blocão” do Mirante que tem no cume. Perfeito! Era a minha intenção terminar a via lá, por já ter trilha de descida e por desconfiar de que encontraríamos uma chaminé, o que deixaria a via mais “completa”.

Abandonamos então as três últimas chapeletas e partimos para essa nova linha. Parecia ser fácil, mas deu trabalho, com muito regletinho e sem descanso. Sugerimos outro quinto grau pela sequência. Batidas quatro chapeletas, a via vai um pouco mais para a esquerda e vai ficando mais fácil até chegar no blocão após passar por mais bromélias. Que lugar lindo! Sombra, um banquinho de pedra e uma caverninha. Perfeito para o descanso e para apreciar a paisagem. Já foram 50 metros de via conquistados nesta data. Para cima um grande negativo. Então, ao contornar pela esquerda, mais uma surpresa: uma fenda maravilhosa para ser escalada “em chaminé”.

Foto 6: Michel Cipolatti conquistando a chaminé

 

A chaminé assusta, por ter blocos entalados que podem cair. Recomenda-se o participante fazer a segurança de fora da chaminé, preso em uma árvore, enquanto o guia avança por dentro da chaminé por cerca de 20 metros, com duas colocações de móveis, até encontrar uma boa saída, parecendo uma janela. A chaminé continua, mais estreita, mas a janela foi mais convidativa, onde preferi sair e instalar a última parada dupla da via.

Durante a subida, o Luis derrubou alguns blocos que estavam entalados na chaminé mas estavam soltos. Só não contava que ia soltar um monte de terra junto e ele ficou “empanado” de sujeira. A partir dali, a via vira uma escalaminhada de uns 50 metros com algumas bromélias no caminho até chegar no mirante. Chegamos no cume às 15 horas, exaustos e quase sem água, mas com o alívio de termos conseguido completar o desafio.

Foto 7: Michel Cipolatti e Luis Avellar no final da via

 

Descemos pela trilha, que é bem íngreme, leva cerca de 1 hora e meia descendo, e termina na estrada, porém, do outro lado da montanha. O resultado é uma nova via com uma grande diversidade de técnicas, como a escalada em agarras, em aderência, chaminé e o uso de equipamentos móveis. Fica, agora, a recompensa de entregar aos escaladores, no dia 11 de dezembro de 2022, mais uma bela e exigente via, toda conquistada em livre, e digna de receber o nome de “Paredão Inoã”.

 

Para acessar o croqui

Curso de Reciclagem de Escalada

O curso tem como finalidade revisar os procedimentos de segurança técnicos de escalada aplicados dentro do Curso Básico de Montanhismo – CBM ou Curso Básico de Escalada – CBE, tendo como público alvo os ex-alunos do CBM ou CBE que estejam afastados da escalada ou que se sintam inseguros com os procedimentos.

O objetivo é permitir aos alunos que se sintam seguros com os procedimentos de segurança de forma a minimizar o risco da atividade.

Duração: Total 5 aulas, sendo 2 na sede e 3 ao ar livre.

Turma limitada a 4 alunos.

Investimento do curso: R$ 300,00

Inscrições até 19/jan através do link do inscrição

Calendário: Previsão de início e término: 1/fev a 12/fev.

Treinamento para Condução de Julietti

TREINAMENTO PARA CONDUÇÃO DE JULIETTI

Programa de curso
Objetivo: Treinar pessoas para conduzir indivíduos que tenham deficiência motora e/ou mobilidade reduzida, em trilhas, na cadeira de acessibilidade Julietti. As pessoas que tiveram 100% de rendimento no curso receberão certificado e estarão habilitadas a participarem de atividades com a Juleitti no âmbito do Ecotur Sem Barreiras.

Vagas: 12 vagas
DURAÇÃO: 10h

Aulas teóricas: Dias 24 e 25 de janeiro de 2023
Horário: das 19h às 22h30 (com 30 min de pausa para coffee break) –
Local: Sede do CNM (Rua Martins Torres, 18, Santa Rosa – Niterói)

Aula prática: Dia 28 de janeiro de 2023
Horário: das 08h às 12h30
Local: Parque da Cidade – Niterói

PROGRAMAÇÃO

  • DIA 01
    • Das 19h às 19h40 – Apresentação do CNM e do Projeto Montanha para Todos
    • Das 19h40h – 20h30 – Trilhas acessíveis: “Como avaliar a acessibilidade de uma trilha?”
    • Das 20h30 – 21h – Coffee break.
    • Das 21h00 – 22h30
      • Acessibilidade e tipos de deficiência
      • Técnicas de transferência de PCD para cadeira Juleitti
      • Ficha de elegibilidade
  • DIA 02
    • Das 19h – 20h30 – Conhecimentos básicos de caminhada em trilha
    • Das 20h30 – 21h – Coffee break
    • Das 21h00 – 22h30 – A cadeira Julietti, sua montagem e condução
  • DIA 03
    • 08h – 12h30 – Prática de condução

INSCRIÇÃO: Link de Inscrição

Caso o número de inscritos sejam superior ao número de vagas, as inscrições excedentes ficarão em fila de espera.