Deixado para Morrer, de Beck Weathers

Deixado para Morrer, de Beck Weathers

Deixado para Morrer, de Beck Weathers.

Por Leandro do Carmo

livro_033Para quem já leu os livros “No Ar Rarefeito” e “A Escalada”, chegou a conclusão que foi um milagre que salvou Beck Weathers. Dado como morto na aterrorizante temporada de 96, do Everest, onde 8 pessoas morreram. O livro conta o que o autor sentiu durante o tempo em que permaneceu acima da Zona da Morte e como isso mudou sua vida, principalmente no seu relacionamento com sua família.

 

“Sugestão de Leitura” publicada no Boletim CNM 2016-2.

Por Um Triz: Aventuras Absurdas e Engraçadas nas Trilhas e Montanhas do Brasil, de André Ilha

Por Um Triz: Aventuras Absurdas e Engraçadas nas Trilhas e Montanhas do Brasil, de André Ilha

Por Um Triz: Aventuras Absurdas e Engraçadas nas Trilhas e Montanhas do Brasil, de André Ilha.

Por Leandro do Carmo

livro_031São grandes histórias que mostram que por trás de uma grande aventura, pode acontecer muita coisa… umas até assustadoras e engraçadas… Mas isso depois de sabermos que tudo deu certo! Uma leitura que prende e por vezes nos leva a esticar o braço para ajudar… Só bons livros fazem isso!

 

“Sugestão de Leitura” publicada no Boletim CNM 2016-2.

Na Estrada do Everest – Trekking no Himalaia, de Airton Ortiz

Na Estrada do Everest – Trekking no Himalaia, de Airton Ortiz

Na Estrada do Everest – Trekking no Himalaia, de Airton Ortiz.

Por Leandro do Carmo

livro_032O autor refaz, passo a passo, os 150 quilômetros de trilhas selvagens que levam até o acampamento-base, no sopé da montanha. Para isso, foram necessários dezessete dias, passados com muito frio, cansaço e perigos. Mas com recompensas à altura: o extraordinário contato com a cultura, a religiosidade e as lendas dos povos da mais alta cordilheira do mundo. Paralelamente à sua jornada, o autor resgata a história da conquista da montanha.

 

“Sugestão de Leitura” publicada no Boletim CNM 2016-2.

Nariz do Frade e sua Verruga – Parque Nacional da Serra dos Órgãos

Nariz do Frade e sua Verruga – Parque Nacional da Serra dos Órgãos

Publicado no Boletim CNM 2015-2

Data: 16/05/2015relato-foto-3

Participantes: Leandro do Carmo, Alfredo Castinheiras, Michael Patrick, Vinícius Araújo, Daniel Talyuli, Roberto Andrade, Tauan Nunes e Marcos Lima.

Local: Parque Nacional da Serra dos Órgãos

A trilha: Pegar a trilha da Pedra do Sino. O início fica metros antes de começar uns canos de ferro, que levavam água ao antigo Abrigo 2. A entrada da trilha é bem discreta e andando alguns metros, você verá um pequeno descampado, depois seguirá descendo e subindo. Cruzará dois pequenos riachos. Mais a frente, entrará numa parte bem íngreme até caminhará numa crista até começar a subir forte novamente. Após essa subida, virá o Paredão Roi Roi, será preciso estar encordado ou  fixar uma corda para segurança. Mais uma subida forte e estará na base do Nariz do Frade

Dicas da escalada: A chaminé é longa e mau protegida, principalmente nos 3 primeiros grampos. Eu escalei mais para fora, na parte mais aberta, um pouco fora da linha dos grampos, e me aproximava para costurá-los. Optei por não costurar o segundo grampo, pois ele fica numa parte bem estreita, fui direto do primeiro para o terceiro. Há uma parada dupla, bem confortável num platô. A partir desse platô, escalar em livre numa sequência de 4 grampos até uma pequena entrada (entrar na de baixo, a menor). Nesse dia estava bem úmida. Faz uma chaminé horizontal, bem apertada, onde segue agachado até o final, dali já dará para ver a luz lá no alto. Não tem grampo nesse trecho, mas tem excelentes buracos para por os pés. Saindo do buraco, tem mais dois grampos no final e já estará no cume do Nariz do Frade, uma base bem ampla. Faltará subir a Verruga. Lá tem dois grampos para artificializar a saída e será necessário fazer um lance em livre, um 3º, até chegar a um grampo antigo e grande. Mais acima há um grampo de cume. Para o rapel, existe um grampo, logo após a pedra onde fica o livro de cume, que dá para chegar ao platô num rapel que começa positivo e termina aéreo. Existe uma parada dupla mais em baixo,  mas considerei arriscado montar o rapel ali, muito exposto. Do platô, com duas cordas, desse direto, com uma corda, deverá fazer mais um uma parada dupla no meio da parede.

Relato

Era o dia da Abertura da Temporada de Montanhismo do PARNASO. Nós do Clube Niteroiense de Montanhismo, havíamos programados de fazer vários cumes nesse dia, entre eles: Papudo, Sino, São Pedro, Neblina e a Verruga do Frade. Ao total, fomos 30. Isso mesmo, 30! Resolvemos alugar duas vans, assim poderíamos curtir mais o evento, mesmo depois de um dia cansativo… Mas vamos ao que interessa, vamos ver como foi subir essa tal Verruga…

A ideia inicial era escalar a Verruga do Frade e depois continuar na Travessia da Neblina, afinal de contas, estaríamos na base do Nariz do Frade e, teoricamente, era só escalar a grande chaminé e depois a Verruga… Mas entre a teoria e a prática… Há uma grande diferença, ou melhor, uma grande chaminé!

Chegamos na Barragem e iniciamos a trilha às 08:30h. Seguimos pelos incansáveis zigs zags da trilha do Sino e fizemos nossa primeira parada, coisa bem rápida, na Cachoeira do Véu da Noiva. Descansamos e seguimos caminho. Acho que de tanto fazer esse caminho, ele ficou até mais curto e logo estávamos no local do antigo Abrigo 2. O começo da trilha é a esquerda, numa discreta saída, alguns metros antes de começar os canos de ferro que levavam água para o antigo abrigo.

Ali, tomei a dianteira e segui descendo. Não havia feito a trilha, nem a escalada, mas sabia que era por ali. O caminho até que era óbvio, um pouco fechado em alguns trechos, muito fechado por causa dos bambus caídos em outros, mas seguimos. Cruzamos dois riachos e entre as curvas da trilha, pisei e afundei, só não rolei barranco abaixo, porque consegui me segurar.  Continuamos e bem mais a frente, quando pega uma parte mais plana, tem uma pegadinha que muitos desavisados chegam a ir reto, até parar no meio do nada. Foram colocados alguns galhos e existe um totem. Nesse ponto deve-se começar a subir. Não é tão óbvio, mas com um pouquinho de atenção dá para perceber que é por ali.

Começamos a parte mais chata da subida, num local muito instável e íngreme. Aos poucos, fomos vencendo a subida e chegamos  a uma bifurcação, onde dobramos a direita e seguimos a parte mais bonita do caminho. Caminhamos pela crista até que começamos a subir forte novamente. Mais a frente, chegamos ao Roi Roi. Uma sequência de alguns grampos que fui subindo sem segurança e fixei uma corda para agilizar a subida. Depois de fixada a corda, continuei a trilha até um mirante onde era possível ver o Nariz do Frade e toda a sua beleza.

Já há alguns minutos ali contemplando a beleza, o Marcos Lima chegou e aproveitamos para fazer algumas fotos. A cidade de Teresópolis,  ao fundo, tentava de qualquer maneira aparecer nas fotos, mas o ballet das nuvens, ao mesmo tempo que cobria a nossa visão, dava um espetáculo a parte… Segui até a base da chaminé, afinal de contas, não via a hora de chegar lá em cima. Até que caminhamos bem… Levamos cerca de 2 horas para percorrer o caminho. Quando cheguei de frente a chaminé, pensei: “Tô f…”. Sabia que era grande, já havia visto fotos, mas ao vivo… Era beeeeeem diferente.  Já tinha uma cordada na via e o último estava começando a subir. Achei que seria rápido, mas no rítimo que ele estava indo, iria demorar um pouco. Todos chegaram e aproveitamos para fazer um lanche. Enquanto lanchava, fui dar uma olhada pelo local. De cara já deu para ver que o primeiro grampo era bem, mas bem alto mesmo.

Já tinha a dica de que a melhor forma de subir não era seguir o grampo e sim, escalar pela parte mais larga da chaminé e se aproximar do grampo somente para costurá-lo. O caminho da conquista foi outro, bem lá no fundo. No relato dos conquistadores, que está no arquivo do CEB, consta que quando chegaram a base do “Nariz” perceberam que o melhor caminho seria uma chaminé de aproximadamente 50m. Úmida e com bastante limo, utilizaram a técnica vigente na época. Construíram uma grande escada, improvisada com varas de 5 a 6 metros de comprimento. Vencido este obstáculo ainda tiveram que atingir o topo da verruga do nariz do Frade. Mais 11 metros de escalada e atingiram o topo. Esta conquista precisou de um grande trabalho de equipe que se iniciou no dia 04 de junho de 1933, com a abertura da trilha até a base por Malvino Américo de oliveira, Andral Povoa e Luiz Gonçalves. Na semana seguinte juntaram-se ao time Alcides Rosa de Carvalho, Arlindo Motta e Antônio F. de Godoy. Para a construção da escada e investida final reforçaram o grupo os Montanhistas José Claussem e Miguel Ignácio Jorge. Mais tarde foi instalada uma grande escalada, feita com cabos de aço, que acabou se perdendo no tempo e hoje não está mais no local. A foto ao lado, gentilmente cedida pelo Sobral Pinto, mostra como era essa escada.

Depois de 1 hora esperando, iniciei a escalada. Comecei a subir bem pela parte de fora da chaminé. Fui subindo, tentando manter um ritmo constante. Parei para dar uma descansada e olhei para cima, o grampo ainda continuava longe, olhei para baixo e também já estava longe… Com o apoio da galera continuei subindo. Mais alguns longos metros e costurei o primeiro grampo e pude descansar um pouco, cerca de 1 minuto e já parti para o próximo. O segundo grampo fica muito para dentro da chaminé.  Talvez a parte mais apertada… e olha que sou pequeno e magro… Resolvi ir direto para o terceiro. A chaminé tem ora que fica tranquila, mas em alguns lances fica apertada, mas de uma maneira geral é boa. Só é bem longa e pouco protegida.

Chegando ao terceiro grampo, passei a costura e dei mais uma pausa. Os grampos seguintes estavam um pouco mais próximos e a linha ia seguindo para a direita. Continuei subindo e em alguns momentos colocava o joelho na parede para ajudar a descansar… Mais acima, costurei o quarto grampo, depois o quinto e finalmente o sexto. Esse último, fica do lado oposto, já no final da chaminé, na base do platô. Como ele estava atras de mim,  estiquei o braço para costurar e passar a corda, só depois que fiz o movimento e girar e passar para o platô.

No platô a cordada da frente ainda estava lá. O Guia já havia ido e faltavam os dois participantes. Montei a parada e fixei a corda, para que o pessoal viesse subindo. Enfim pude descansar um pouco… O primeiro a chegar foi o Alfredo, que trouxe mais uma corda, na qual fixei também.. Em seguida, veio o Marcos Lima. Enquanto o resto de pessoal subia, o Alfredo e o Marcos preparavam o caminho para a próxima enfiada. Uma sequência de 4 grampos, num misto de pequenas agarras. Só que estava escorrendo muita água e resolvemos colocar alguns estribos. Chegaram também o Daniel e o Roberto. Enquanto aguardávamos os outros, acompanhávamos o outro grupo de CNM na Travessia da Neblina. Depois, chegou o Michael e, por último, o Vinícius.

Enquanto o Vinícius vinha subindo, puxei uma corda e já parti para o próximo desafio. O Alfredo, que já havia feito, me disse para seguir pela menor entrada, nesse caso, a de baixo. E para lá segui… Quando cheguei na entrada, falei: “Alfredo, você tem certeza que é por aqui?”. Tive que fazer alguns movimentos contorcionistas para poder entrar. Estava  bastante úmido o interior dessa passagem. A parede de trás era um pouco inclinada para frente, porém com bom apoio de pés, e isso facilitou um pouco as coisas. Entrei literalmente fazendo a dança do siri, bem agachado. Pois é nessa posição mesmo, se é que você conseguiu imaginar alguma coisa… Segui sem costurar (pois não há grampos) numa horizontal, até que pude ver mais acima, a luz no fim do túnel! Iniciei a subida, passando por uma pedra no estilo 127 horas, que nem encostei nela… Enfim, havia terminado. Puxei a sobra de corda, a fixei e avisei para os próximos subirem.

Por alguns minutos fiquei sozinho a contemplar toda aquela beleza. Depois de todo o esforço, uma sensação de conquista e alívio me tomaram conta. Nunca havia sentido isso antes… Sentei aos pés da Verruga e pude observar, do outro lado, o pessoal na Travessia da Neblina. Aproveitei para assinar o livro de cume e dar uma volta na ampla base do Nariz do Frade. Em seguida, chegou o Alfredo. Quando ele chegou, aproveitei para subir a Verruga. Antigamente existia um cabo de aço, mas hoje, só restam os grampos, na verdade 4. Além de dois grampos iniciais, o que é necessário para fazer o artificial da saída, tem um lance em livre obrigatório, acho que 3º grau até um grampo grande e antigo. Depois desses três, tem um lá no cume. Me encordei e segui para o lance. Coloquei duas fitas no primeiro grampo e mais uma no segundo. O que mais importava agora era chegar ao cume. Mais algumas passadas e estava no cume da Verruga do Frade. Agora sim missão cumprida, ou melhor, quase cumprida, pois faltava a volta…

O Marcos foi o próximo a subir e em seguida o Alfredo. Já passávamos das 14:30h e resolvi descer e agilizar o pessoal que faltava subir. Quando o penúltimo subiu, puxei uma corda e fui começar a preparar o rapel. Desci até ao platô no final da chaminé, montei a parada e esperei a galera descer. Aos poucos todos estavam lá, sete no total. Emendamos duas cordas e começamos o rapel até a base. Abri esse rapel, e rapidamente cheguei a base. Ali fiz um lanche e esperei a galera chegar. Ainda tínhamos muito trabalho, já era 17:00 h e com certeza, faríamos a trilha a noite. Quando todos já estavam na base e alguns já finalizando o lanche, fui com uma corda para fixar no Paredão Roi Roi e agilizar a descida. Aos poucos, a luz do sol foi acabando e como estava muito nublado, anoiteceu por volta das 17:30 h. Antes do último a fazer o rapel, já estávamos com a lanterna ligada.

Voltamos a andar e a trilha na parte mais baixa, onde as nuvens se concentravam, estava molhada, havia chovido um pouco e sentíamos que estava chuviscando, mas como a floresta é bastante densa, impedia de vermos alguma coisa. Levamos alguns tombos e acho que ninguém escapou… Fui seguindo na frente e em alguns pontos tive ir voltar para tentar achar o caminho correto. Mas seguimos e foi um alívio chegar à trilha do Sino, no local do antigo Abrigo 2. Descemos e fizemos uma parada na Cachoeira Véu da Noiva. Encontramos o grupo que vinha da Travessia da Neblina. Alguns desceram, outros preferiram descansar mais um pouco. Eu fui logo em seguida e caminhei sozinho até a Barragem, onde cheguei, exatamente 12 horas depois de começar. Peguei a trilha suspensa e fui descansar na Casa do Montanhista, onde rolava o evento da ATM.

Agora a missão estava cumprida! Valeu a todos por essa grande e inesquecível aventura!!!

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A Volta por Cima – 980 Dias de Aventuras ao Redor do Mundo a Bordo de um Monomotor, de Margi Moss com Gérard Moss

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A Volta por Cima – 980 Dias de Aventuras ao Redor do Mundo a Bordo de um Monomotor, de Margi Moss com Gérard Moss.

Por Leandro do Carmo

livro_016Ler o relato de uma viagem ao redor do mundo a bordo de um avião foi uma experiência nova. É um livro com leitura fácil, agradável e informativa. As fotos ajudam a ilustrar a história. Já havia lido outras viagens ao redor do mundo, mas de avião… recomendadíssimo!!!

 

“Sugestão de Leitura” publicada no Boletim CNM 2014-4.

Família Schurmann – Um mundo de Aventuras, de Heloisa Schurmann

Família Schurmann – Um mundo de Aventuras, de Heloisa Schurmann

Família Schurmann – Um mundo de Aventuras, de Heloisa Schurmann.

Por Leandro do Carmo

livro_018Excelente! No início do livro, comecei a ler rápido para matar a curiosidade, já no final, lia devagar, já sentido saudades! O livro envolve, me fiz parte da família! Muitos detalhes sobre a circunavegação de Magalhães, cultura dos lugares onde paravam e a vida no mar. Uma experiência em tanto.

 

“Sugestão de Leitura” publicada no Boletim CNM 2014-4.

Naufrágios e Comentários, de Álvar Núñez Cabeza de Vaca

Naufrágios e Comentários, de Álvar Núñez Cabeza de Vaca

Naufrágios e Comentários, de Álvar Núñez Cabeza de Vaca.

Por Leandro do Carmo

livro_017Percorrer caminhos desconhecidos, enfrentar frio, fome, doenças, ataques de índios, etc, por 10 anos!?!?!? E tem gente que acha que fazer uma travessia de 3 dias é coisa de outro mundo!!! rs. Acho que o mais legal do livro e da pessoa de Álvar Núñez Cabeza de Vaca foi a maneira como ele tratava os índios locais por onde passava. Se todos no passado tivessem feito dessa maneira, a história teria sido diferente. Recomendo a leitura!

 

“Sugestão de Leitura” publicada no Boletim CNM 2014-4.

Montanhismo Brasileiro: Paixão e Aventura, de Antônio Paulo Faria

Montanhismo Brasileiro: Paixão e Aventura, de Antônio Paulo Faria

Montanhismo Brasileiro: Paixão e Aventura, de Antônio Paulo Faria.

Por Leandro do Carmo

livro_012O livro fala sobre a evolução da escalada brasileira, dentro do contexto mundial. Ilustrada com histórias interessantes e algumas até inusitadas. Uma excelente leitura para quem quer conhecer mais a fundo o montanhismo brasileiro.

 

“Sugestão de Leitura” publicada no Boletim CNM 2014-2.